24 de fevereiro de 2025

‘Vô, meu pai matou minha mãe’, disse filha de 2 anos de vítima de feminicídio no DF


Géssica Moreira de Sousa, de 17 anos, morreu após levar um tiro na cabeça; ela estava grávida. Principal suspeito é Vandiel Prospero da Silva, que está foragido. ‘Vô, meu pai matou minha mãe’, disse filha de vítima de feminicídio no DF
Géssica Moreira de Sousa, de 17 anos, morreu após levar um tiro na cabeça, na noite de sábado (22), em uma igreja na área rural de Planaltina, no Distrito Federal. O principal suspeito é o ex-companheiro da vítima, Vandiel Prospero da Silva, que está foragido.
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A vítima e o suspeito, de 24 anos, viveram juntos por quatro anos e tiveram uma filha. Segundo testemunhas, a criança de 2 anos estava no local e viu quando a mãe foi atingida pelo disparo.
“Hoje, [enquanto eu estava] arrumando minha bolsa para ir para o trabalho, minha neta disse ‘vô, meu pai matou minha mãe’. Não tive nem o que falar. Não tive resposta”, conta Valdeir Batista da Silva, pai do suspeito.
Géssica Moreira de Sousa, de 17 anos, morreu após levar um tiro na cabeça
Reprodução
De acordo com o atual companheiro da vítima, irmão do suspeito, Géssica estava grávida de dois meses.
Briga pela guarda
De acordo com os relatos de testemunhas, Vandiel tinha a guarda da criança e impedia que a mãe encontrasse com a menina. Na manhã de sábado, a Polícia Militar esteve na casa do suspeito, no Itapoã, após Géssica solicitar ajuda para que a filha fosse entregue a ela.
Vandiel Prospero da Silva é suspeito de matar ex-companheira com tiro na cabeça
Reprodução
De noite, o suspeito foi até Planaltina buscar a filha, que estava na igreja com a mãe, segundo Valdeir, pai do suspeito.
“Ele [Vandiel] já chegou alterado. Meu irmão me ligou para eu ir apaziguar ele. Eu tentei, mandei ele acalmar. Ele pegou o carro e saiu ‘voado’, rumo à igreja. Como é que eu vou alcançar? Eu a pé e ele de carro”, conta o pedreiro.
Testemunhas disseram que o homem pediu que Géssica entregasse a filha, mas ela negou. Então, a jovem foi baleada na cabeça. Ela chegou a ser levada para o Hospital Regional de Planaltina, mas não resistiu aos ferimentos.
O carro usado por Vandiel para fugir foi localizado pela polícia. No entanto, ele não foi preso até a última atualização desta reportagem.
Como denunciar casos de violência contra mulher?
pelo número 180, que é gratuito;
pelo site da Ouvidora Nacional dos Direitos Humanos, do Governo Federal, clique aqui;
pelo aplicativo Direitos Humanos Brasil;
pelo número 190 da Polícia Militar em caso de emergência;
registre a ocorrência em uma delegacia de polícia, de preferência nas Delegacias Especiais de Atendimento à Mulher (Deam);
entre em contato com os Centros de Referência da Mulher para suporte psicológico, orientação jurídica e acolhimento.
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