Para além das cinco represas interligadas o Sistema abrange uma área de 2.278 Km2 que abrange 12 municípios O Sistema Cantareira é um dos maiores sistemas de captação de água do planeta, com capacidade de produzir 33 mil litros de água por segundo para o abastecimento de mais de sete milhões de pessoas da região metropolitana de São Paulo. O nível do Cantareira, que recebe atenção especial em períodos de seca, é calculado através da média dos níveis de cinco reservatórios que o compõem: Paiva Castro, Atibainha, Cachoeira, Jaguari – Jacareí e Águas Claras.
Instituto de Pesquisas Ecológicas
Jean Marcel Camargo
No entanto, o Sistema é muito mais amplo que seus reservatórios, que representam apenas 5% de sua área total. Formado por 227.803 hectares, ou 2.278 quilômetros quadrados, sua área total abrange 12 municípios – quatro no estado de Minas Gerais (Camanducaia, Extrema, Itapeva e Sapucaí-Mirim) e oito em São Paulo (Bragança Paulista, Caieiras, Franco da Rocha, Joanópolis, Nazaré Paulista, Mairiporã, Piracaia e Vargem). Cerca de 55% do Sistema faz parte do Estado de São Paulo e 45% de Minas Gerais. A água que abastece o Sistema Cantareira também chega às regiões metropolitanas de Campinas e Piracicaba, através dos rios Atibaia, Jaguari e Piracicaba.
É preciso mais do que chuva
As represas são responsáveis apenas pelo armazenamento da água. Seu abastecimento é proporcionado pelas nascentes presentes em milhares de propriedades rurais. Por esse motivo não basta torcer pela chuva, é preciso aumentar a capacidade da água da chuva infiltrar no solo para a recarga dos lençóis freáticos. Afinal é essa dinâmica que mantém os níveis dos reservatórios mais estáveis ao longo do ano. Para isso é necessário restaurar solos degradados para que tenham condição de possibilitar a infiltração da água da chuva. Solos degradados são as áreas sem floresta ou com sistemas produtivos insustentáveis, que comprometem até mesmo a produção agropecuária no médio prazo, como pastos sem manejo, por exemplo. Essa transformação é realizada através da recomposição da mata nativa em áreas prioritárias para a recarga hídrica – entorno de nascentes, rios e reservatórios e também através de boas práticas em propriedades rurais, através da transição para Sistemas Produtivos Sustentáveis.
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Jean Marcel Camargo
Essas ações são realizadas pelo Projeto Semeando Água, uma iniciativa do IPÊ – Instituto de Pesquisas Ecológicas com patrocínio da Petrobras, por meio do Programa Petrobras Socioambiental. Para saber mais sobre o projeto acesse: semeandoagua.ipe.org.br ou siga o @institutoipe no Instagram.