Greenplac foi inaugurada essa semana. Em fase inicial indústria deve produzir 250 mil metros cúbicos de MDF por ano. Grupo investiu R$ 600 milhões na construção do complexo, em Água Clara.
Edevaldo Nascimento
O complexo industrial construído às margens da BR 262, chama a atenção pelo tamanho. São 510 mil metros quadrados e uma linha de produção automatizada de meio quilômetro de extensão. Projetada para ser uma das mais modernas do país, é a primeira do Centro-Oeste nesse segmento. A fábrica, que fica em Água Clara, região leste de MS, contratou 290 trabalhadores e vai funcionar 24 horas por dia.
O processo de produção é complexo e combina várias tecnologias. Assim que chegam do campo, as toras de eucalipto são descascadas e trituradas em pequenos pedaços. A madeira passa por cozimento a vapor para a separação das fibras. Assim é o preparo da massa que vai dar origem ao mdf.
A mistura é espalhada sobre uma esteira móvel, formando uma espécie de colchão. “Essa etapa é bastante importante para que eu tenha uma distribuição muito uniforme, o produto final com uma densidade muito boa”, explica Edson Engel, gerente de produção da Greenplac.
Madeira é transformada em colchão de fibras
Edevaldo Nascimento
O colchão de fibras é transportado por esteiras até uma máquina que prensa o material a alta temperatura. São várias etapas até o eucalipto ser transformado em chapas de mdf.
Segundo o supervisor de produção, Márcio Grosskopf, tudo é controlado por computadores. “Nós temos armazenados no controlador mais de 2.400 itens, que vão acionar a qualquer momento, se der um alarme ou uma falha na máquina”, diz.
O grupo, dono da fábrica, investiu de R$ 600 milhões na construção do complexo. O gerente de marketing diz que a empresa aposta na tecnologia alemã. “Temos o equipamento mais moderno do Brasil pra fabricação do MDF. Isso vai resultar, não só na qualidade, mas também nos custos. Isso nos permite ter uma otimização de todo o processo”, garante Marcelo Temóteo.
Painéis de MDF são resfriados em sistema giratório antes do corte.
Edevaldo Nascimento
No início das operações devem ser processados 250 mil metros cúbicos de painéis. Futuramente a empresa deve aumentar essa capacidade com a ampliação da fábrica. Por enquanto toda a produção será destinada ao mercado interno.
Mário Gavinho, diretor industrial, conta que o foco será a indústria de móveis. “Nos atraíram as facilidades da região, em termos de transportes para conseguirmos nosso mercado no interior de São Paulo. É um polo moveleiro bastante importante, assim como no interior do Paraná”, explica.
Madeira de eucalipto no pátio da fábrica. Grupo investiu R$ 75 milhões no plantio de árvores.
Edevaldo Nascimento
Para atender a demanda de madeira a empresa investiu, também, R$ 75 milhões no plantio de 12 mil hectares de árvores.