7 de novembro de 2024

Apesar da alta da Selic, Brasil cai para 3º no ranking de maiores juros reais do mundo; veja lista

País ocupava a segunda posição em setembro, conforme levantamento do MoneYou. O topo está agora com a Turquia, enquanto a Rússia vem em segundo lugar. A Argentina, que enfrenta uma inflação altíssima, segue na última posição. Taxa Selic: entenda o que é a taxa básica de juros da economia brasileira
Apesar da alta da Selic, o Brasil caiu de posição no ranking de países com os maiores juros reais do mundo. O país ficou em terceiro lugar, atrás da Rússia e da Turquia, segundo o levantamento compilado pelo MoneYou.
O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central decidiu nesta quarta-feira (6) aumentar a Selic em 0,50 ponto percentual (p.p.), para 11,25% ao ano. Assim, os juros reais do país subiram de 7,33% para 8,08%.
🔎 O juro real é formado, entre outros pontos, pela taxa de juros nominal do país subtraída a inflação prevista para os próximos 12 meses.
Na última divulgação, em setembro, o Brasil ocupava a segunda posição do ranking. O primeiro lugar era da Rússia e o terceiro, da Turquia.
Neste mês, no entanto, a Turquia assumiu a liderança. Os juros reais do país saltaram de 5,47% para 15,18%. Na Rússia, a variação foi de 9,05% para 12,19%.
A Argentina continuou com o último lugar no ranking. Apesar de, em junho, ter perdido para a Turquia o posto de maiores taxas nominais da lista (veja mais abaixo), o país também enfrenta uma inflação altíssima, o que acaba derrubando as taxas reais.
Veja abaixo os principais resultados da lista de 40 países.

Alta da Selic
Nesta quarta-feira, o Copom anunciou sua decisão de elevar a taxa básica de juros em 0,5 ponto percentual, para a casa de 11,25% ao ano.
Na decisão anterior, em setembro, a autoridade monetária também havia elevado a taxa básica, mas em 0,25 ponto percentual, para a casa de 10,75% ao ano. Antes disso, o Copom havia tido duas reuniões consecutivas de taxa inalterada.

Juros nominais
Considerando os juros nominais (sem descontar a inflação), a taxa brasileira ficou na 4ª posição, ao lado de outros dois países.
Veja abaixo:
Turquia: 50%
Argentina: 35%
Rússia: 21%
Brasil: 11,25%
México: 10,50%
Colômbia: 9,75%
África do Sul: 8%
Hungria: 6,5%
Índia: 6,5%
Filipinas: 6%
Indonésia: 6%
Polônia: 5,75%
Hong Kong: 5,25%
Chile: 5,25%
Nova Zelândia: 4,75%
Estados Unidos: 4,75%
Reino Unido: 4,75%
Israel: 4,50%
Austrália: 4,35%
República Checa: 4,25%
Canadá: 3,75%
Alemanha: 3,40%
Áustria: 3,40%
Espanha: 3,40%
Grécia: 3,40%
Holanda: 3,40%
Portugal: 3,40%
Bélgica: 3,40%
França: 3,40%
Itália: 3,40%
Suécia: 3,25%
Coreia do Sul: 3,25%
China: 3,10%
Malásia: 3%
Cingapura: 2,99%
Dinamarca: 2,85%
Tailândia: 2,25%
Taiwan: 2%
Suíça: 1%
Japão: 0,25%

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